domingo, 29 de agosto de 2010

A chegada do projeto Brasil-ID

Na última semana chamou minha atenção uma notícia sobre o lançamento do site do Sistema Nacional de Identificação, Rastreamento e Autenticação de Mercadorias, ou o, ainda não tão popular, projeto Brasil-ID.
Conforme mencionado no artigo da revista TI Inside, "o projeto Brasil-ID surgiu para estabelecer um padrão único no processo de identificação, rastreamento e autenticação de mercadorias em produção e circulação no Brasil. Para tanto, utiliza a tecnologia RFID (identificação por radiofreqüência) e outras de comunicação sem-fio relacionadas. O que se pretende é desenvolver e implantar uma infraestrutura tecnológica de hardware e de software, além leitores de tags RFID, sensores e atuadores para os postos fiscais, capaz de suportar a identificação, o rastreamento e a autenticação de mercadorias. A expectativa do projeto é desburocratizar e acelerar o processo de produção, logística e de fiscalização de mercadorias pelo País. Do ponto de vista do governo, uma das vantagens é a racionalização e agilidade nos procedimentos de auditoria e fiscalização de tributos, mercadorias e prestação de serviços."
O projeto Brasil-ID está relacionado a outros projetos como SPED, NF-e e CT-e e, nos próximos anos, tende a igualar-se a eles em importância. Ele também é dirigido pelas Secretarias das Fazendas em conjunto com a Receita Federal e afetará empresas de todos os setores e tamanhos. Apesar de não ser mencionado explicitamente, o principal objetivo de todos esses projetos é a redução da sonegação fiscal, o que já se vem notando com os constantes recordes de arrecadação de impostos do Governo Federal. Resta saber se o governo também fará sua lição de casa enxugando custos da máquina administrativa e reduzindo a carga tributária, que está entre as mais altas do mundo.
Voltando para o assunto tecnologia, verifica-se que será cada vez mais intensa a integração entre processos de empresas e entidades do governo. Pequenos e grandes estarão cada vez mais dependentes de soluções ERP que se comuniquem diretamente com os sistemas das Sefazes, de suas transportadoras, de seus clientes, de seus fornecedores e de seus bancos. Cada vez mais o empresário deverá estar preocupado com a qualidade dos dados e com a confiabilidade de suas soluções. Além disso, o empresário também deve ficar atento para que a escolha de um novo sistema ou adequação de um já existente possibilite o aumento da velocidade do seu ciclo de negócios, seja ele um serviço prestado ou um produto manufaturado.
Seu ERP está acompanhando a demanda de obrigações impostas pelo governo? Qual a estratégia do seu fornecedor para se adequar a essas novas legislações? Sem dúvida, esses projetos também significam uma grande oportunidade para que novos fornecedores de soluções ganhem destaque, principalmente com produtos fornecidos no inovador modelo de Software como Serviço (SaaS).
Quer saber mais? Entre em contato.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O que não é SaaS!!!

Muitas vezes aprendi a melhor abordagem para um tipo de projeto ao ter experiências que evitaria futuramente ou por concluir que NÃO tomaria novamente certas decisões. Muitas vezes aprendemos também pela negação, ou seja, quando descobrimos o que algo NÃO é, o que NÃO se deve fazer ou o que NÃO funciona...
Podemos fazer um bom uso do "aprendizado pela negação" quando palavras da moda começam a ser repetidas como mantras por empresas fornecedoras de tecnologia. Chamamos isso de "buzzword" ou "hype", ou, em português, "a tecnologia da moda". Isso também acontece atualmente com "cloud computing" e SaaS. Muitos fornecedores pegam o embalo e falam que já possuem "O Produto SaaS" ou "A Tecnologia Cloud" de última geração.
Brian Sommer, CEO de uma empresa de marketing, apontou esse fenômeno nos Estados Unidos : “Primeiro o padrão: um fornecedor 'on-premise'*, vendo a quantidade de licenças vendidas decrescerem começa (finalmente) a perceber que SaaS é real. Então, o fornecedor decide que uma solução de ERP 'hosteada' é o mais próximo possível de uma solução SaaS. Tudo o que o produto 'hosteado' precisa é de um pouquinho de marketing e contrato fechado. Certo? Errado.”
Resumindo, "hosting", ou soluções oferecidas no modelo hospedado, NÃO oferecem as mesmas vantagens de aplicações no modelo SaaS. Portanto, como no Brasil o hype está apenas começando, muito cuidado ao avaliar sua solução. Mais adiante mostrarei um comparativo de preços entre uma solução SaaS e uma solução on-premisse.
Para mais informações entre em contato.
*on-premise - quando a solução é instalada no escritório ou nos computadores da própria empresa, ao invés de em um ambiente remoto na Internet.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Gmail, seu email nas nuvens


Comentei anteriormente sobre o significado de termos como Cloud Computing e SaaS. Mas, e na prática? Por onde as pequenas empresas podem começar a entender a "filosofia" do uso dessas ferramentas em nuvem?
Que tal começar pelo Gmail? Que tal, colocar o domínio de sua empresa no seu email  (voce@suaempresa.com.br) fornecendo maior visibilidade de sua marca para seus clientes? Melhor ainda: quanto você paga hoje pela sua conta de e-mail em um provedor como Terra, UOL ou iG? Que tal começar sem pagar nada e com muito mais serviços!?!?*
O Gmail é um webmail criado em 2004 e que, hoje, possui mais de 180 milhões de usuários por todo o planeta. Ele possui recursos sofisticados de filtros de spam (mensagens indesejadas) e permite que você acesse seu e-mail por qualquer dispositivo móvel como um Smartphone ou iPad em qualquer lugar que ofereça acesso à Internet. Além disso, ele permite fácil integração com outras ferramentas que oferecem recursos de controle de contatos, agenda pessoal, listas de tarefas e produtos do Google Apps que permitem compartilhamento de documentos e vídeos, formação de grupos de discussão e integração de agendas entre membros de sua equipe.
Para entender os serviços do Google Apps, assista aos vídeos abaixo. Curiosidade: ao realizar um contato por email, sua solicitação é automaticamente convertida em um email que é direcionado para uma conta do Gmail.
* Sem taxas de manutenção para empresas com até 50 usuários. Obviamente há o investimento para instalação/configuração.



sábado, 14 de agosto de 2010

O que é Cloud Computing? O que é SaaS?

Seth Godin, um dos maiores gurus de marketing da atualidade, disse: “(...) Eu acredito que estejamos à beira de duas grandes revoluções em software. A primeira são programas que rodam na web ao invés do desktop e a segunda está nas aplicações que estarão totalmente integradas à web. Softwares que podem saber o sentido de palavras, que podem atualizar e corrigir minha agenda (...)”.
E o que têm SaaS e "Cloud Computing" a ver com isso? De maneira simples, e evitando as discussões filosóficas sobre uma definição teórica, "Cloud Computing" é uma abordagem na qual você executa software na Internet, ou seja, você não precisa ter uma instalação no seu computador ou no servidor de sua empresa, você nem precisa de um servidor para sua empresa. Mas, por que "cloud" (do inglês, nuvem)? Porque entre os profissionais que trabalham com Internet ela é metaforicamente representada como uma nuvem.
E SaaS? Você utiliza SaaS (do inglês "Software as a Service" ou Software como Serviço) quando contrata aplicações na Internet (ou em "cloud") como se fossem serviços. Ou seja, você paga apenas pelo que usa, sob demanda, como se estivesse usando água, luz ou telefone.
Abaixo um vídeo da Salesforce, um dos maiores forcedores de soluções SaaS.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

NF-e, uma quebra de paradigmas

Já foram emitidas mais de 1 bilhão de Notas Fiscais Eletrônicas por mais de 250 mil empresas habilitadas nas Secretarias da Fazenda de todo o país. Até o fim de 2010 mais de 800 mil empresas de todos os setores, tanto grandes quanto pequenas, estarão obrigadas a emitir suas notas fiscais no formato digital gerando uma redução de consumo estimada em mais de 26 bilhões de toneladas de papel.
A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é um projeto desenvolvido pela Receita Federal em parceria com as Secretarias da Fazendas de todos os estados brasileiros com intuito de substituir notas do tipo 1 e 1A emitidas em papel pelo formato digital. Dentre os benefícios do projeto estão: a redução a sonegação fiscal, a redução do uso de papel nos processos e o aumento a competitividade através da formalização. Dentre os efeitos, destacam-se os constantes recordes de arrecadação de impostos da Receita (e sempre há a esperança de que isso também resulte na redução de impostos!!). A NF-e não pode ser confundida com a Nota Fiscal Eletrônica de Serviços (NFS-e), que é um projeto dirigido pelas prefeituras de algumas cidades que registra as operações relativas à prestação de serviço e nem com a Nota Fiscal Paulista que é aquela que pedimos nos restaurantes, supermercados e postos de combustíveis.
A NF-e não existe em papel, ela existe somente em mídia, em formato digital. A DANFE é apenas uma presentação em papel dela. Isso significa uma grande quebra de de paradigmas. Agora os contadores e empresários precisam entender que a NF-e, mesmo apesar de ser composta de bits e bytes, é um documento que tem validade jurídica por estar assinado digitalmente. Os contadores não precisam mais armazenar em suas caixas etiquetadas a NF-e, porém ela deve ser arquivada em mídia (backup), ou seja, dentro do computador ou de algum dispositivo que possa ser lido por um computador, como um pen-drive.
O projeto está passando e passará por constantes evoluções. Por exemplo, na primeira etapa a NF-e só era consultada pelo receptor. Hoje, na segunda etapa, o receptor deve consultar e verificar todos os dados confirmando a recepção na sua Secretaria da Fazenda. Na medida que a Sefaz amplia o projeto, também é necessário que os fornecedores de soluções ERP também façam suas adaptações. Dessa maneira, o empresário deve se certificar que a solução escolhida também esteja constantemente atualizada. A solução também deve garantir que haja precisão em informações elementares como endereço do cliente, inscrição estadual, etc, correndo o risco de que a emissão de sua NF-e seja rejeitada pela Sefaz. Isso mostra que cada vez mais as empresas, independentemente do faturamento ou do tamanho, precisam estar conectadas com outras entidades através de tecnologia e preocupadas com a qualidade dos dados com que trabalham.
Cada Sefaz possui uma lista fornecedores de sistemas credenciados para seu estado e dentre os credenciados já há quem ofereça a NF-e no modelo de Software como Serviço (SaaS) como SerasaNotaNet e NFe do Brasil.  No entanto, uma informação pouco divulgada é a de que a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo desenvolveu uma solução gratuita para emissão de NF-e. A solução também pode ser utilizada por empresas de outras unidades da federação através de configuração. Em breve, postarei mais informações sobre os passos necessários para que sua empresa possa utilizar o software gratuito da Sefaz/SP.
Para mais informações, entre em contato.